O que é a Realidade Aumentada e a Realidade Virtual?

Quem acompanha o noticiário de tecnologia certamente já deve ter se deparado com os conceitos de realidade aumentada e realidade virtual, que há anos figuram como uma promessa e expectativa de futuro como novas formas de comunicação, jogos e até navegação virtual.   

Apesar disso, as duas ainda configuram como ferramentas de vanguarda para quem opta por utilizá-las. Em um ambiente cada vez mais virtual, onde os processos estão se digitalizando de maneira irreversível, a realidade virtual e a realidade aumentada são duas das tecnologias que estão alterando de forma perene a maneira como usamos as ferramentas de tecnologia, criando novas e emocionantes experiências interativas.   

Mas, afinal, o que é Realidade Aumentada e a Realidade Virtual?

Claro que ambas possuem diferenças notáveis. E assim como o Metaverso e o conceito de Internet das coisas, veio pra impactar todo o setor profissional. é isso o que iremos abordar nesse artigo. Porém, antes de esclarecer as diferenças, vamos conceituar cada uma das duas tecnologias.   

O que é a Realidade Aumentada (AR)   

 Definição   

 A Realidade Aumentada, ou AR (Augmented Reality) traz elementos do mundo virtual para o mundo real. Ela captura imagens digitais e as reproduz no mundo real, através do uso de uma lente ou de um smartphone.   

 Esse tipo de tecnologia inclui projeções de conteúdos e informações complementares no mundo real para os usuários. Ela tem como base o ambiente material e o combina com elementos virtuais para criar uma realidade mista.   

 Um bom exemplo dessa tecnologia pode ser um jogo de videogame que acontece em um ambiente físico, como o quarto do usuário ou na sala de estar.   

 Sabe quando você olha para um ambiente físico que existe e vê elementos sobrepostos, com informações e gráficos específicos de uma localização, por exemplo. Esse também é um outro exemplo claro de uso da Realidade aumentada.   

 Convém registrar aqui que isso não se equivale a um Google Glass, porque ele apenas exibe informações diante dos seus olhos sem vincular isso com dados de locais ou fazer com que sejam relevantes naquele espaço. Não há a sobreposição da realidade com a tecnologia como na Realidade Aumentada.   

Como funciona   

Pois então, como é que funciona a realidade aumentada? Para que todos entendam esse funcionamento, é preciso saber que o sistema depende de alguns componentes básicos:   

Computação: realiza o processamento dos dados, permitindo a RA reconhecer os objetos identificados com as câmeras e sensores;   

Inteligência artificial (IA): realiza o processamento dos dados para realizar tarefas mais complexas, principalmente dentro de um aplicativo de RA.   

Câmeras e lentes: captam as imagens e informações do ambiente real para serem interagidos com objetos virtuais e exibem o conteúdo na plataforma;   

Sensores: fazem as leituras dos objetos, permitindo que o dispositivo determinar sua localização e características;   

A partir desses elementos, a realidade aumentada consegue se desenvolver para alcançar o seu objetivo, estabelecendo assim uma experiência de imersão para todos os usuários.    

Mas, para quem quer saber como funciona: é assim a realidade aumentada possibilita a interação entre o universos físico e virtual. Ou seja, proporciona a interação entre elementos reais (como objetos e pessoas) e elementos digitais.    

Resumidamente, podemos definir o funcionamento da Realidade Aumentada é baseada na tecnologia, com o auxílio de outras ferramentas como softwares e câmeras, sobrepõe o ambiente digital ao físico. Para fazer isso, se utiliza das sobreposições de imagens e vídeos digitais sobre imagens e vídeos reais, de maneira natural, interativa e conectada.   

 Exemplos de uso   

 Como já citamos anteriormente, existem vários exemplos da utilização da realidade aumentada no nosso cotidiano. Podemos citar aqui, por exemplo, o QR Code, tão comum em operações bancárias, ou alguns jogos como o Pokémon Go.    

O jogo permitia que os usuários andassem pelas ruas das cidades atrás de Pokémons virtuais para “capturá-los, utilizando para isso o smartphone. Havia mapas que serviam como uma referência real de onde se locomover no jogo para achar os pokémons.    

Vários museus também já entraram nessa tendência atual de realidade aumentada, aliás de forma semelhante a todo o setor de turismo. De forma criativa e útil ao serviço. Criar novas imagens, vídeos e até informações sobre as exposições que se encontra no museu podem e irão transformar a experiência do usuário.   

Os denominados tours virtuais do museu já eram uma realidade latente mesmo antes da pandemia e com o lockdown se impôs de vez. Como nem sempre o museu oferece a experiência completa sobre cada uma das peças expostas, a realidade virtual se configura como uma base de apoio, uma aliada ideal.   

Por exemplo, o Museu Nacional de História Natural de Lisboa é um dos que aposta no recurso. Com isso, garante uma maior interatividade e novas histórias para os seus visitantes.  

O que é a Realidade Virtual (VR)    

Definição  

Se a Realidade Aumentada é sobre o mundo real, a realidade virtual é sobre o mundo digital. Por definição, realidade virtual é quando as imagens e sons ao seu redor são substituídos por conteúdo virtual, gerados e geridos por computador. Esse “ambiente falso”, emulado, feito a partir de elementos gráficos, pode ser muito semelhante ao mundo real e confundir quem a vê, é verdade.  

Trata-se de uma imersão, onde o usuário mergulha em um ambiente emulado, fictício, como em um videogame, ou um filme, entre outras coisas. A VR (Virtual Reality) usa ferramentas como capacetes equipados com telas adaptadas ou óculos.   

O VR é capaz de envolver você em 360 graus e em três dimensões para transmitir uma realidade simulada. ainda que esses espaços sejam parcialmente ou totalmente navegáveis e interativos e, conforme você se move e usa suas mãos, pode até manipular os objetos  

Como funciona  

A partir de efeitos sonoros e visuais, assim como outras ferramentas que emulam de forma virtual, um ambiente real, o usuário interage com o que está conseguindo ver e com o que não enxerga também, segundo as configurações do sistema.  

Alguém certamente estará se perguntando de forma sincera nesse momento: Como é possível gerar esse efeito semelhante ao da realidade? Com o uso de ferramentas como óculos, ou aparelhos de smartphone, ou ainda fones de ouvido são modelo headset e usam tecnologia de eliminação de ruídos, de forma que a pessoa escute.  

Por exemplo, apontar a câmera do celular para uma pintura no museu com Qr Code, um aplicativo específico, pode te proporcionar acesso a mais informações sobre aquela obra de arte.  

Os óculos de realidade virtual vêm com um recurso chamado “head tracking”, que permite a um software interno do sistema entender a sua posição, em um mapa interno, e determinar qual é a área em sua volta. Assim, ao mexer a cabeça e olhar ao redor, o sistema entende o movimento e as imagens são deslocadas na mesma direção, promovendo uma sensação de imersão completa pela sobreposição de imagens, vídeos e áudio a realidade física.  

Exemplos de uso  

 Proporcionando um novo paradigma de interação entre a tecnologia e as pessoas, a Realidade Virtual permitiu uma série de avanços na relação entre os usuários e as ferramentas tecnológicas. Veja alguns exemplos do uso da RV:    

Tours virtuais  

 Como falamos anteriormente, o VR vem impactando o segmento de hotelaria, museus, parques e lojas em geral com os tours virtuais. Trata-se de um excelente recursos para atrair a atenção do consumidor. Por meio deles, o cliente pode conhecer o local físico a distância, ajudando na decisão, por exemplo, da reversa de um quarto.  

Educação e treinamento em realidade virtual  

A área da educação é outro setor que sofre impactos diretos com a RV. Com esse recurso, o aluno pode viajar pelo universo, visitar monumentos históricos e entender o funcionamento do mundo molecular.  

É isso que proporciona, por exemplo, o projeto Google Expeditions, que proporciona visitas em 360º com tecnologia semelhante ao Google Street View.  

Além do uso escolar, a RV também é essencial no treinamento de profissionais, por meio de simuladores. Utilizada há décadas na aviação e no meio militar, esse recurso recentemente começou a ser incorporado na formação de condutores de veículos terrestres, como motoristas de ônibus, carros e caminhoneiros.  

A arquitetura e construção civil também são muito beneficiadas por isso. Hoje em dia, é possível apresentar projetos a compradores através de um ambiente em 3D, no qual  o usuário pode conferir o resultado futuro da planta em uma imersão digital.  

Reabilitação de pacientes   

A RV está levando esperança e diminuição do sofrimento a inúmeros pacientes. Em conjunto com outras ferramentas, como robótica e Internet das Coisas (IoT), essa tecnologia é utilizada para treinamento cirúrgico, recuperação de fisioterapia, tratamento de transtornos mentais, entre outras aplicações.  

A ciência brasileira possui grande contribuição ao uso da realidade virtual na medicina. Atualmente, uma pesquisa da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP utiliza a terapia robótica para recuperação de vítimas de AVC. Nesse processo, os pacientes são treinados em interfaces de RV.    

Compras com realidade virtual  

O varejo é outro setor que se beneficia com a RV. Um exemplo prático dessa aplicação no Brasil é em uma loja da Ponto Frio, em São Paulo. Nela, o consumidor, munido de óculos e de um joystick, pode interagir com os produtos que pretende comprar, mudando cores, abrindo gavetas etc.   

Entretanto, é na realidade aumentada que as lojas estão mais avançadas. Diversas marcas brasileiras e mundiais, como Leroy Merlin, Nike, Renner e L’Oréal já utilizam a solução.   

Essa tecnologia viabiliza espécie de provadores virtuais de tênis, óculos, cosméticos, roupas e acessórios em geral, além de permitir que o cliente visualize na própria casa os objetos que pretende comprar.  

A realidade virtual na modelagem 3D  

Negócios que necessitam de design avançado (games, estúdios de animação gráfica, indústria automobilística e outros) também são beneficiados pela tecnologia.   

Atualmente, existem softwares e aplicativos que permitem o desenho tridimensional em escala real. Dessa forma, em vez de utilizar programas computacionais, o designer é capaz de criar objetos digitais com as próprias mãos e aplicá-los ao projeto.  

 Principais diferenças entre RA e RV  

Como você deve ter percebido, são duas ferramentas tecnológicas bem distintas. Ambas precisam de um suporte para serem aplicados. A Realidade Virtual necessita de um óculos ou capacete, já a Realidade Aumentada requer um celular. 

Porém, essa não configura a única diferença entre essas duas tecnologias. Sendo bem direto, a diferença principal entre ambas está relacionada ao seu objetivo. 

A Realidade Virtual desenvolve o seu próprio mundo 100% digital e independente, já a Realidade Aumentada não cria um novo ambiente, pelo contrário, se vale do mundo real para incluir apenas objetos virtuais, numa sobreposição de imagens, vídeos e sons. 

Benefícios da utilização de RA e RV  

Em tempos de desenvolvimento digital dos serviços, investir em novas e atuais tecnologias é sempre uma busca de diferencial para toda e qualquer empresa. Quando tratamos de Realidade Virtual e Realidade Aumentada, os benefícios são muitos e vão além do esperado. 

Algumas das vantagens que a utilização dessas ferramentas tecnológicas podem agregar à sua empresa estão diretamente ligadas à experiência do cliente, podendo inclusive colaborar com a estratégia adotada pela organização. Podemos citar alguns exemplos: 

  1.  Fortalece a presença da sua marca no meio digital; 
  2. Incentiva o engajamento; 
  3. Otimiza a experiência do consumidor; 
  4. Impulsiona estratégias de marketing mais imersivas. 

E como faço para entrar nessa área profissional, é o que você deve estar se perguntando agora. Não é mesmo? 

Como se tornar um profissional em Realidade Aumentada e Virtual 

Devido ao crescimento exponencial e o interesse coletivo na área, o setor já vem ganhando cursos próprios, seja técnicos, profissionalizantes, livres ou mesmo graduações em universidades do mundo todo. 

O grande objetivo é na formação de profissionais que irão trabalhar com o enfoque nessa experiência do usuário. 

Separamos aqui três pilares essenciais para quem deseja ingressar na área e desenvolver uma carreira sólida no setor. 

Formação acadêmica 

Investir em capacitação é um passo determinante para alcançar o sucesso na área de tecnologia. O mercado só absorve profissionais competentes e que tenham experiência na área, bem como comprovação de que possuem o conhecimento necessário para ter um bom desempenho na área. 

Para isso, invista em formação. Seja com cursos livres, técnicos, profissionalizantes ou graduações, é importante se capacitar na área até mesmo para formar uma rede de contatos Uma imaginação ativa com alta fidelidade que podem te inserir no mercado profissional. 

Habilidades necessárias 

Claro que para se adaptar a nova realidade trabalho é preciso desenvolver algumas habilidades cruciais para o bom desempenho com essas novas tecnologias. Separamos aqui 3 delas: 

Uma mentalidade de falha rápida e falha frequente; 

Uma imaginação ativa com alta fidelidade; 

Capacidade de colaborar e liderar uma equipe. 

Experiência profissional 

Claro que ter experiência na área é um diferencial assim como em todo e qualquer setor do mercado corporativo. Portanto, ao longo da sua formação busque sempre estagiar ou adquirir algum tipo de contato profissional com o setor de tecnologia.  

Conclusão 

Ao longo desse artigo, você pôde aprender mais sobre Realidade Virtual e Realidade Aumentada, suas características, diferenças e como elas estão impactando nas profissões bem como o que é necessário para ingressar na área. 

Nosso objetivo foi oferecer subsídios para os interessados em desenvolver seu trabalho com o auxílio dessas tecnologias possam estar preparados para encarar os desafios da área e apreciar os benefícios desse que é um dos setores que mais irão crescer nos próximos anos.  

Início » Blog » O que é a Realidade Aumentada e a Realidade Virtual?

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *